Conhecendo a Guerra contra os Santos – Jessie Penn-Lewis

Recomendamos O livro Conhecendo Guerra contra os Santos da amada irmã Jessie Penn-Lewis.

Guerra contra os santos! Não é incrível que a maioria dos cristãos nem mesmo saiba que há uma guerra acontecendo? A I Igreja não tem lidado com os poderes das trevas como um corpo esclarecido e unido. Aqui e ali, indivíduos têm sido levantados por Deus para fazer significativas incursões no vasto território sobre o qual o diabo tem domínio tão indiscutível. Jessie Penn-Lewis foi um desses guerreiros isolados.

Hoje, aproximadamente cinqüenta anos após sua morte, seus livros ainda são avidamente lidos pelos cristãos, e com toda a razão, mas há uma exceção significativa: seu livro mais importante, Guerra Contra os Santos, escrito em colaboração com o famoso avivalista do País de Gales, Evan Roberts, só está disponível [em inglês] numa versão condensada. Há muitos livros que podem ser condensados sem que se perca conteúdo, mas no caso de Guerra Contra os Santos, a palavra “condensado” é certamente errada, sim- plesmente porque a parte mais importante desse livro tão vital foi eliminada na versão “condensada”. Os editores basearam sua decisão de não mais publicar a versão original “primeira e prioritariamente” devido à sua rejeição ao importante ensino sobre a influência demoníaca sobre cristãos.

Neste século, Deus restaurou para a Igreja uma boa medida de poder e autoridade pentecostais que foram demonstrados de forma tão vivida na Igreja primitiva. Inúmeros fiéis receberam o batismo no Espírito Santo e os dons do Espírito. A medida que entravam em conflito com os poderes das trevas, começavam a descobrir a presença e a atividade de espíritos malignos, não só em descrentes, mas – para sua surpresa e até espanto -, também em cristãos. Quando Jessie Penn-Lewis fez essa descoberta, ela foi mal entendida e seu ensinamento, interpretado de forma equivocada. No entanto, ela não retrocedeu em nada em relação à luz que havia recebido, mas continuou em seu conflito direto com as hostes do mal e, por meio de seu sofrimento, experiência e batalhas espirituais, forjou a arma de sua obra, Guerra Contra os Santos, em colaboração com Evan Roberts.

Desde a sua primeira edição, duas guerras mundiais deixaram seus efeitos devastadores sobre as instituições de nossa civilização, e nos encontramos hoje em meio à dissolução das estruturas de nossa sociedade. Enquanto essas estruturas permaneceram estáveis, a Igreja, como uma das instituições da sociedade, parecia ser sólida e em pleno funcionamento. Hoje, entretanto, a Igreja institucional se mostra derrotada espiritualmente, pois foi incapaz de discernir os inúmeros enganos de Satanás sobre seus ministros e membros. O processo degenerativo, iniciado há muito tempo, está-se aproximando de um clímax em nosso tempo, quando muitos líderes e membros das igrejas acabam lutando, e se tornando como campeões, nas causas malignas levantadas pelo inimigo.

O cristão espiritual, isto é, maduro, entende que são Satanás e seus espíritos malignos que se movem poderosamente por detrás dos eventos de nosso2016-04-08 15.33.48 tempo. Os cristãos se atrevem a crer que estão isentos da influência de demônios?

O que acontece com um homem que nasceu de novo? Será que as Escrituras ensinam que o novo nascimento inclui uma expulsão automática de demônios? Efésios 2.1-3 ensina de forma clara que todos os seres humanos estão sob a influência do maligno e que sua influência sobre a humanidade é exercida por espíritos malignos. Todos nós estávamos nessa situação. Mas no novo nascimento, o novo convertido tem seus pecados perdoados. Seu espírito – antes morto em transgressões e pecados – é vivificado pelo Espírito de Deus e ele recebe poder para se tornar filho de Deus. Ele agora tem o poder para vencer as mesmas coisas que o escravizaram antes.

Que mudança maravilhosa, de vítima do pecado para vencedor, vencedor unido a Cristo! Mas em nenhum, lugar a Escritura ou a experiência ensinam que o novo nascimento elimina automaticamente a influência de demônios ou a escravidão a eles, ou, da mesma forma, todas as características do velho homem, tais como temperamento, mau humor, lascívia, invejas, egoísmo, preconceitos, e muitas mais. O homem nascido de novo tem de aprender a levar sua cruz, negar a si mesmo e morrer diariamente; ele tem de andar no Espírito para que não dê lugar às concupiscências da carne. É de se esperar que ele venha a descobrir seu lugar de direito no plano de Deus e no funcionamento efetivo no Corpo de Cristo. O processo de crescimento em Cristo é geralmente doloroso, embora o resultado seja glorioso. A parte mais dolorosa é a descoberta de certas áreas em que o crente foi enganado. Como entender e lidar com o engano é exatamente o ponto principal de Guerra Contra os Santos.

Se o crente cooperar com Deus de forma inteligente e obediente, se tornará, no devido tempo, mais maduro e espiritual. Experimentará por si mesmo o tremendo versículo que diz: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36), o que, para a maioria dos cristãos, é apenas teologia e não realidade em sua experiência.

A expulsão de demônios deve ser um dos sinais que seguem os cristão em seu ministério (Mc 16.17). Mas expulsar demônios de quem? Somente dos não-regenerados? Não apenas; mas demônios podem ser expulsos também de crentes escravizados e enganados para que experimentem também a libertação. Prender-se a certas doutrinas bíblicas ou gloriar-se em sua crença na infalibilidade da Bíblia não oferece refúgio ao crente contra as incontáveis artimanhas do inimigo. Todos os homens são objeto da astúcia de Satanás, mas após a conversão, suas tentativas de enganar e, se possível, controlá-los, aumentam muito.

Muita da atividade espiritual de nossa época emana do inferno. Se os cristãos em todas as partes da terra compreendessem com precisão o que está acontecendo espiritualmente, tomariam suas armas para se preparar para o assalto final que o inimigo está preparando e, assim, escapariam do grande engano final. Já é hora de muitos guerreiros – não mais isolados – levarem a batalha até as portas e um grande batalhão de crentes se levantar para enfrentar abertamente o desafio do enganador.

Para promover o preparo dos crentes para essa guerra, a versão completa de Guerra Contra os Santos está sendo publicada nesta nona edição. Comguerra-contra-os-santos-tomo-i certeza, este livro não é um método fácil do tipo “dez passos” para lidar com o diabo. É, antes, um manual que deveria ser lido com muito cuidado e muita oração por aqueles que desejam ser libertados de toda forma de engano e obra das trevas e por aqueles que anseiam por ver a libertação de outros crentes que hoje estejam sob escravidão e engano. Muito terreno tem de ser reconquistado do inimigo e Guerra Contra os Santos será um auxílio vital para os santos guerreiros e vencedores.

Embora tenha sido publicado há 60 anos, Guerra Contra os Santos se torna cada vez mais contemporâneo com o passar dos anos, pois Jessie Penn-Lewis escreveu a obra com visão profética precisa. As obras de Satanás que ela percebeu tão claramente em sua época, quando ainda não eram aparentes para a maioria, já tinham as marcas inconfundíveis do fim dos tempos. Muitas das situações que ela previu naquela época estão-se cumprindo em nossos dias.

Existem outros livros sobre o assunto da influência demoníaca, mas com pontos de vista diferentes. Eles relatam casos específicos e a cura ou as tentativas de cura que tiveram. Guerra Contra os Santos, no entanto, lida com a natureza da obra dos demônios e seus métodos e táticas. È o único livro sobre esse importante assunto. Os casos registrados podem ser esclarecedores como ilustração, mas sem o devido conhecimento básico do assunto – uma ciência: demonologia – não ajudarão o crente a lidar de forma eficiente com o inimigo. Não há dois casos que sejam idênticos.

Guerra Contra os Santos, como uma obra única em sua categoria, não tem comparação. Este livro equipará o leitor consciencioso para duas coisas: como não ser ignorante quanto aos planos do diabo e como ser mais do que vencedor sobre ele. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6.13).

Da mesma forma que acontece no domínio físico e mental da experiência humana, o mundo espiritual tem suas anomalias e doenças, e este livro é um “Manual sobre a obra de espíritos enganadores entre os filhos de Deus, e o caminho da libertação.”

guerra-contra-os-santos-tomo-iiO leitor comum se sentirá tão à vontade com este livro como se sentiria com um tratado médico sobre o câncer ou sobre problemas mentais. Não é o tipo de livro que deve ser lido por curiosidade ou por um interesse meramente acadêmico. Em seu prefácio à primeira edição, a sra. Penn- Lewis escreveu:

Para o homem natural, que tem no máximo uma compreensão mental das coisas espirituais, a linguagem usada [neste livro] pode não fazer sentido algum, mas cristãos de todos os estágios de crescimento na vida espiritual, que simplesmente “bebem” o que conseguem entender e deixam o restante para aqueles que têm uma necessidade mais profunda – até que eles mesmos atinjam esse nível de necessidade mais profunda – receberão muita luz sobre assuntos dentro dos seus horizontes.

O livro atrairá principalmente duas classes de leitores. A primeira é composta por aqueles que já se envolveram em algum sistema falso de ensino religioso que tenha inspiração nas mentiras de Satanás e não na verdade equilibrada e sã da Palavra de Deus, e tenham, assim, se aberto para

experiências espirituais anormais que quase sempre resultam em possessão demoníaca. O sofrimento suportado por essas verdadeiras marionetes dos poderes das trevas é intenso, e, desde que a primeira edição deste livro foi publicada em 1912, têm havido muitos testemunhos, dados por esses leitores, sobre libertação e auxílio recebidos por intermédio de suas páginas. Só a eternidade poderá revelar o ministério que este livro já teve e ainda terá, pela misericórdia de Deus, de restauração de esperança, paz e sanidade para pessoas assim.

O segundo tipo de leitor, para o qual este livro é de valor inestimável, é o obreiro cristão que se vê frente à frente com casos de anormalidade espiritual, que, por sinal, parecem ser cada vez mais numerosos nestes tempos de intensa atividade satânica. Para tais leitores, estas páginas trarão luz e direção, e é talvez espantoso que há pouco tempo uma revista de tão grande valor para a obra cristã em muitos países como The Alliance Weekly of America tenha sentido a necessidade de publicar alguns artigos tremendos do Rev. J. A. Macmillan sobre possessão demoníaca. Um parágrafo de um desses artigos diz assim:

Sobre pastores e evangelistas está a maior responsabilidade que é o ensino do rebanho de Deus. E uma responsabilidade que é especialmente deles é a de discernir os sinais de obras do inimigo e libertar suas ovelhas. É deles também a responsabilidade de ensinar e avisar quanto aos perigos que ameaçam os que têm mente espiritual. Deve-se ter em mente que as “regiões celestiais”, nas quais os santos são introduzidos pela sabedoria e graça divinas, são habita- das nesta dispensação atual pelas “potestades do ar”. O crente que busca as experiências mais profundas da vida espiritual pode cair no engano, a menos que ele saiba que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” às vezes, e que nosso arqui inimigo se sente à vontade em reuniões cristãs onde os líderes sérios são ignorantes à respeito de suas artimanhas.

A completa “entrega a Deus”, a menos que esteja protegida pelo conhecimento dos métodos pelos quais o Espírito de Deus se revela, pode abrir a vida do crente para a invasão dos espíritos das trevas. Deve-se ponderar sobre isso com muito cuidado quando se tem o desejo de receber dons ou presenciar manifestações. A distribuição de dons e manifestações é função única e exclusiva do Espírito Santo, que dá “distribuindo-as, como Lhe apraz, a cada um, individualmente” (1 Co 12.11). O crente que busca a Deus deve ter os olhos fixos no Trono, não ambicionando dons específicos (a menos que eles sejam revelados como coisas que deveria “ambicionar” – 1 Co 12.31; 14.1). O que a alma rendida deve buscar é a vontade de Deus como seu principal e único objetivo, vigiando sempre para que sua mente não se prenda a coisas que possam promover carnalidade e ser assunto de vontade própria. Muitas, muitas são as almas sérias que inconscientemente desejam, com inveja não-reconhecida, ter o que vêem em outros.

51RawbHoHCL._SX323_BO1,204,203,200_A possessão demoníaca é uma regra claramente entendida pelo obreiro em terras ímpias; e nós devemos ter em mente que os países mais civilizados hoje se tornaram fortalezas de paganismo. Não é, portanto, irracional esperar que fenômenos espirituais geralmente associados aos ímpios se manifestem cada vez mais no meio da assim chamada cultura e do paganismo pseudo-cristão de nosso mundo moderno.

Em nossa era mecânica, em que a liberdade e o julgamento de cada um são sacrificados com tanta frequência, e em que ditaduras e propagandas de massa têm- se tornado forças tão poderosas, o capítulo que fala sobre passividade deveria ser lido repetidas vezes. Diz uma passagem desse capítulo:

Os poderes das trevas fariam do homem uma máquina, uma ferramenta, um robô; o Deus de santidade e amor, no entanto, deseja fazer dele um soberano inteligente e livre em sua própria esfera de ação – uma criatura racional pensante criada à Sua própria imagem (Ef 4.24). Portanto, Deus nunca diz a nenhuma faculdade do homem: ‘Fique ociosa’. Não me parece possível exagerar o perigo do pensamento desleixado quanto às coisas espirituais e da entrega irracional a experiências não-fundamentadas numa compreensão clara dos amplos princípios das Escrituras. Um ensino claro sobre isso é necessário se esperamos um avanço saudável na vida da Igreja Cristã.

Guerra Contra os Santos poderia até se mostrar desnecessário se Deus derramasse um verdadeiro reavivamento espiritual em resposta às muitas orações que Seus filhos Lhe fazem em todo o mundo. Por vezes, a oposição satânica emperra e muitas obras ocultas do mal são trazidas à luz. Aí, então, os que têm a responsabilidade de lidar com almas necessitarão de toda a luz que puderem obter sobre as anormalidades causadas pelo controle de espíritos malignos iniciado pela aceitação de falsas doutrinas ou por contatos indevidos com o sobrenatural.

Um parágrafo de um artigo recente escrito por um missionário com qualificações médicas trabalhando na China, e familiarizado com casos de possessão por espíritos malignos, pode ser-nos útil para mantermos uma visão equilibrada a respeito desse difícil assunto:War-on-the-Saints

Uma palavra de alerta sobre diagnósticos errados e falta de equilíbrio na guerra espiritual. O exercício de nossa autori- dade em Cristo não é uma cura para todos os males. Tem sido dito que “guerra é 99% esperar.” Não se espera que o soldado de Jesus Cristo passe todo o tempo nas trincheiras da frente de batalha. Houve tempos quando não era para Moisés manter o cajado de Deus no alto, mas para se entregar ao trabalho árduo da intercessão, e tempos em que seu trabalho era caminhar com o povo nas trilhas difíceis do deserto. Uma mulher chamada Sra. Yellow era levada por seus parentes ímpios todo dia para as instalações da Missão porque diziam que ela ficava mais tranqüila lá. (Nós cremos no que eles diziam, mas chegamos a imaginar como ela era em casa!) Naquela ocasião, nós a rotulamos de “possuída por demônios” e nos pusemos a guerrear contra o inimigo sem obter sucesso nenhum, entretanto. Meses se passaram até que conhecemos a história completa e descobrimos que ela tinha um tipo comum de insanidade temporária! Atribuir problemas indiscriminadamente ao diabo não cria uma atmosfera saudável. Nós precisamos de equilíbrio e, acima de tudo, precisamos estar em comunhão tão profunda com o Senhor que Ele nos possa dar discernimento espiritual.

Com a publicação do livro, seis anos de teste da verdade com muita oração e três anos de trabalho escrevendo estas verdades, em face a incessantes ataques do reino invisível, chegam agora ao fim. O assunto está agora com Deus. Aquele que tem sustentado e dado incontáveis provas de Sua mão protetora até aqui em relação ao ataque das hostes das trevas levará Seu propósito a bom termo. A luz alcançará aqueles que dela necessitam. Que Deus cumpra a Sua vontade!

Aqueles de nós que são responsáveis pelo lançamento desta sétima edição de Guerra Contra os Santos só podem dizer “Amém!” a essa oração final. Não ousaríamos deixar de publicar uma mensagem que, como já o fez no passado, irá, sem dúvida alguma, libertar das amarras torturantes do maligno muitos que necessitam disso. Que o Espírito de Deus, ao qual “todos os corações são revelados, todos os desejos conhecidos, e de quem nenhum segredo pode ser escondido” assim nos guie; que cada exemplar caia nas mãos certas, e que Ele também dê a todos os que lerem discernimento para apreender a verdade, que satisfará a necessidade, sem envolverem a si mesmos e a outros num labirinto de desnecessárias complicações.

Os Editores

5519362ba20dd_jessie_penn_lewisJessie Penn-Lewis nasceu em 1851, filha de Samuel Jones, pastor da Igreja Metodista Calvinista em Neath (Glamorganshire, Gales). Foi convertida ao Evangelho pelo ministério de Evan H. Hopkins em 1º de janeiro de 1882, com 21 anos. Dele escutou o caminho da vitória por meio da cruz de Cristo. A cruz como identificação do crente com Cristo no poder de Sua morte e a glória de Sua ressurreição: este foi o tema principal dos livros e discursos da Sra. Penn-Lewis.

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