O Catecismo de Westminster Comentado [Pergunta 10]

Breve Catecismo de Westminster foi formulado por teólogos ingleses e escoceses da Assembléia de Westminster, no séc. XVII.
É um catecismo resumido, de orientação calvinista, composto de 107 questões. Junto da Confissão de Fé de Westminster e do Catecismo Maior de Westminster, compõe os símbolos de fé das igrejas presbiterianas ao redor do mundo. Originalmente elaborado para o uso com crianças, revela contudo, um conteúdo de grande valor, aplicável a adultos.
O comentários que seguirão são baseados no Livro DOCUMENTOS DA REFORMA Breve Catecismo comentado, do Amado irmão Helio Clemente do Ministério Vivendo pela Palavra.

PERGUNTA: 10
Como criou Deus o homem?

RESPOSTA: 10
Deus criou o homem macho e fêmea, conforme a sua própria imagem, em conhecimento, retidão e santidade com domínio sobre as criaturas.

Bases Bíblicas:

Homem, a imagem de Deus: Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, dotando-os de inteligência e retidão segundo a sua própria imagem, dando-lhes a capacidade de cumprir ou transgredir as ordenanças divinas, pois sua própria vontade era mutável.

Gênesis 1,27: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.

Receberam, também, o preceito de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito foram felizes em suas vidas, mantiveram a comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.

Gênesis 2,16-17: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

O homem e a mulher foram criados por Deus em seu estado adulto; física, mental e espiritualmente maduros e dotados de uma alma imortal. Deles foi gerada a humanidade.

Gênesis 1,28: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.

A imagem de Deus no homem:

1 – Semelhança: A semelhança de Deus se constitui em uma alma racional e imortal, sendo moral, livre e pessoal. Por esta condição, o homem tem o conhecimento inato de Deus e a capacidade de apreensão das coisas espirituais.

Gênesis 1,26: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.

2 – A queda: Através da queda, o homem continuou com a consciência inata do conhecimento de Deus, mas, a capacidade de se voltar para Deus, compreender as coisas do Espírito e sujeitar-se ao seu governo moral e espiritual foi destruída.

1 Coríntios 15,22: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo”.

3 – A salvação: Em seu estado atual, o homem é incapaz de prover sua própria salvação, independente do modo como proceda, depois da queda a comunhão do homem com Deus foi perdida e somente pode ser restaurada pela redenção que há em Cristo.

Efésios 2,5: “E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos”.

4 – A responsabilidade: O homem é um ser moral e tem a obrigação de executar os desígnios de Deus, mas, após a queda, não traz mais em sua natureza a capacidade para executar o bem, mas apesar desta incapacidade o homem mantém sua consciência moral, por este motivo todos os homens são responsáveis perante Deus.

Romanos 7,23-24: “Mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”.

5 – A Imortalidade do homem: A imortalidade do homem procede de Deus, que é eterno e imortal em si mesmo. A alma imortal do homem foi dada pelo sopro de Deus, o que diferencia o homem dos animais irracionais, criados somente pela palavra de Deus.

1 Timóteo 6,16: “O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!”.

Evolucionismo: Quando Charles Darwin publicou o seu livro – “A Origem das Espécies” – o mundo científico ficou eufórico, finalmente alguém havia „desvendado‟ o mistério. Atualmente a teoria da evolução é defendida por poucos cientistas realmente qualificados:

– Até hoje não se encontraram fósseis de espécies intermediárias que suportem a teoria evolucionária: o elo perdido – os fósseis ainda dizem NÃO!

– Todos os sistemas físicos, deixados à sua própria natureza, se deterioram, esta é a segunda lei da termodinâmica. Nada pode se manter em sentido contrário a esta lei, a não ser por um poder antagônico que sustente o universo e mantenha a vida – Deus.

– A teoria da evolução afirma que a matéria existia previamente, o que é incompatível com as recentes descobertas sobre a origem temporal do universo.

O salto genético: J. A. Thomson propôs uma teoria evolucionária curiosa, o homem teria surgido em um salto genético, nascendo súbita e inexplicavelmente transformado, dos primatas para o homem, simplificando: um casal de macacos gerou um ser humano.

É preciso realmente muita fé para acreditar em algo tão absurdo quanto estúpido, no caso, teriam que ser gerados desta forma estranha tanto um homem como uma mulher. Enfim, cada um acredita naquilo que Deus preparou para ele:

Efésios 2,10: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.

Aguardem a pergunta 11: 

Quais são as obras da providência de Deus?

 

Por isso, é necessário que o estudo do Catecismo seja acompanhado de comentários explicativos, pois Helio_Clementea amplitude das perguntas e respostas é grande e não se restringe direta- mente ao assunto especifico da questão. Os itens do Catecismo constituem um breve resumo relativo ao tema tratado, que deve ser ampliado e explicado em detalhes, de forma que o entendimento seja completo. Não é preciso modernizar a igreja, mais voltar no tempo e procurar a pureza doutrinária perdida ao longo dos séculos.
Em Cristo,
Helio Clemente – Abril de 2014


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